sexta-feira, 1 de abril de 2016

11º livro do ano - A via crucis do corpo de Clarice Lispector


No dia que eu li comecei e terminei.

O 11º #livro do ano: A via crucis do corpo de Clarice Lispector.

Se era pra ser tão bom, eu não sei. Só sei que esse livro é exótico, extravagante, extraordinário...se é que no fim, todas essas palavras não significam a mesma coisa.

Tem tanta coisa boa que se eu for colocar todas as frases ditas por C.L. aqui, certamente serei condenado por plágio. 

Vou ficar com algumas, já que estou quase desnudo, e me sentindo gordo por não ter encolhido a barriga adquirida de anos árduos no consumo de cerveja. São essas:


•"Não se sabe se essa criança teve que passar pela via crucis. Todos passam."


•"Foi ao espelho. Olhou-se profundamente. Mas ela não era mais nada..."


•"Viver tem dessas coisas: de vez em quando se fica a zero. E tudo isso é por enquanto. Enquanto se vive."


•"Mas se Deus nos fez assim, que assim sejamos. De mãos abanando. Sem assunto. (...)

Quando a gente começa a se perguntar: pra quê? então as coisas não vão bem. E eu estou me perguntando pra quê. Mas bem sei que é apenas "por enquanto".
(...)
Mas a gente fuma e melhora logo.
(...)
Mas finalmente resolvi e vou ligar a televisão. A gente morre às vezes."


•"Como eu tenho repetido à exaustão, um dia se morre...
(...)
Mas a gente está perdido de qualquer jeito. Não há escapatória. Todos nós sofremos de neurose de guerra. "


•"Às vezes me dá enjôo de gente. Depois passa e fico de novo toda curiosa e atenta. E é só."

Bem, é isso.

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