segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Leituras de Agosto no #Projeto75LivrosEmUmANo

LEITURAS DO MÊS DE AGOSTO


#Agosto além de ter sido interminável foi o mês que eu menos li esse ano.
Li apenas 4 títulos (792 páginas), ou seja, quase o equivalente a um #livro.
Foram eles:

47º- #UmGritoDeAmorDoCentroDoMundo de #KyoichiKatayama
48º-#Sal de #LeticiaWierzchowski
49º-#Mentirosos de #ELockhart 
50º-#EuNãoVimFazerUmDiscurso de #GabrielGarcíaMárquez


Sim, minha gente...vergonhoso, mas estou meio fora do ritmo pra #ler. Mas logo volto com tudo ao #Projeto75LivrosEmUmAno.

👍😘😉💙🙈📚




O 50º #livro do ano foi o #EuNãoVimFazerUmDiscurso de #GabrielGarcíaMárquez.

Confesso que acabei a leitura com os olhos embebidos em lágrimas.

Não que essa fosse a intenção do autor ou apenas projeção involuntária de algo que eu estou sentido. Acredito que esteja acontecendo isso com os meus olhos, sobretudo por eu ter percebido por trás das palavras dos discursos de Gabo, o próprio ser humano que ele era. 

E, nesse instante, salta-me da mente a simplória e óbvia conclusão: um livro pode transformar a vida de um homem, mais que isso - pode mudar o próprio homem, e isso naturalmente, muda a direção do mundo que, às vezes, padece em apenas girar, girar e girar... 

Eu teria um outro livro de frases se eu colocasse todas as ditas nos discursos do grande mestre. No entanto, ficarei com essa: "Creio que a vida de todos nós seria melhor se cada um dos senhores levasse sempre um livro na mochila." Que todos tenham uma vida repleta de #palavras, #consciência e #amor. O resto a gente imagina!


#Projeto75LivrosEmUmAno
50/75 (2/3 carregados. Será que dá tempo?)
😉💚📚





Eis o 49º #livro lido no #Projeto75LivrosEmUmAno:

#Mentirosos de #ELockhart.

Bem, é um livro escrito
Tipo 
Em 
Forma de poema,
Célere
Surpreendente
Vanguardista
Com um final que vale por
Todo o livro
Tipo escrito assim:
Como uma conversa do whatsapp
Quando vamos falando e dando 
Enter
... Crítica de estilo à parte, não posso falar muito sobre o livro por dois motivos:
A) criei espectativas demais (não me fez bem).
B) quando acabou eu fiquei querendo bater na cara da autora do livro por ter feito algo tão, tão... Enfim.


#foto clichê, mas quem já leu sabe do que se trata.

Frases?

"Como posso ser uma pessoa boa se não acredito mais?"
"—Você entende, Cady? O silêncio é uma camada protetora sobre a dor." E só, o resto é história, o resto é o universo dos Sinclair e de seus agregados.

E quem são eles? "Somos Sinclair.

Ninguém é carente.
Ninguém erra.
Vivemos, pelo menos durante o verão,
em uma ilha particular.
Talvez isso seja tudo o que você
Precisa saber a nossa respeito." 

🔥
O 48º #livro do ano foi o #Sal de #LeticiaWierzchowski.
Essa gaúcha escreve demais e é capaz de te transportar pra outros tempos, outros lugares, outros mundos.
Gostei da história.
Gostei da organização cronológica utilizada.
Gostei do pensar de cada personagem.
Gostei dos amores, das cores...
Gostei!

É um livro muito rico em detalhes...e acho que se eu colocar determinadas frases, vou acabar matando alguns personagens. Mas não tem como não falar de Julius e Orfeu e do amor avassalador que eles sentiam um pelo outro e pela vida, pelo sol, pelo eterno verão... 

""Não consegue dormir?", Orfeu perguntou, simpático.
A voz dele ecoou na noite, sobre as ondas. Era uma voz macia e quente. Pobre Julius, a vida não é como um livro que a gente simplesmente vai virando as páginas. Ele queria fechar os olhos e deixar que as coisas acontecessem, as coisas que estavam escritas. Mas, de fato, a mão do destino precisava da ajuda dele, então Julius respirou fundo e respondeu:"Está uma noite tão bonita...Vim ver o mar..."
"Amanhã chove", garantiu Orfeu com leveza. E então, sorrindo acrescentou: "Mas amanhã ainda não importa, não é mesmo? Eu também vim ver o mar, depois resolvi sentar aqui e esperar que você aparecesse..."
(...)
Orfeu levantou-se da pedra em que estava sentado e, aproximando-se suavemente de Julius, disse baixinho: "Sim, eu vi os seus olhos....Como eles eram? Como duas bocas cheias de fome... Como um espelho dos meus." 

Ah, amei também a Cecília (a matriarca) da família Godoy.
#Projeto75LivrosEmUmAno.
48/50


O 47º #livro lido no ano foi o #UmGritoDeAmorDoCentroDoMundo de #KyoichiKatayama.
Bem, o que se esperar de um livro que começa assim:
"De manhã, acordei chorando. Ultimamente, tem sido sempre assim. Já nem sei se meu pranto é de tristeza. Acho que meus sentimentos se foram com as lágrimas. Ainda sob as cobertas, estava absorto em meus pensamentos quando minha mãe se aproximou dizendo: "Vamos! Está na hora de acordar.""? É, eu esperei demais. Esperei o grito de amor...esperei a transa que não rolou e esperei que a mocinha não fosse morrer. Apesar que esse último detalhe (que ela iria morrer) eu já sabia desde o começo, uma vez que o autor já conta isso logo de cara.


Mas talvez esse tenha sido o meu problema...esperar demais!
É uma história bonita, romântica e com seu lado amor/dor. Ah, bombou no Japão. Acho que para aquelas bandas o sentimento é mais velado e o autor até que se expressou de forma razoável para os padrões nipônicos, mas não nos convence, com nosso lado ocidental. 
Mas sério: eu leria novamente, porque acabei achando bonitinho. Acho que fiquei chateado por saber que aquele amor tão lindo acabaria como acabou: levado pela doença da linda Aki e tornando-se pra sempre o quase de Sakutarô.


Frases? (Não é um livro de impacto)

"Choro porque, ao deixar o sonho agradável e retornar para a realidade triste, existe uma fenda pela qual não há como passar sem derramar lágrimas. Já tentei inúmeras vezes; nunca consegui."

"— Porque se a morte representa o fim de tudo, e que não existe mais nada depois dela, então não vejo nenhum sentido em morrer." 
47/75

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Leituras do Mês de Julho no #Projeto75LivroEmUmAno

LEITURAS DO MÊS DE JULHO

Os #livros do mês de #julho:
7 títulos em 1229 páginas.

40º #OSegredoDeJasperJones 
41º #AOvelhaNegraEOutrasFábulas 
42º #MeAjudeAChorar 
43º #SagradaFamília 
44º #IlusõesPesadas 
45º #OsÚltimosQuartetosDeBeethoven 
46º #LaçosDeFamília 
#Projeto75LivrosEmUmAno


Quem tá lendo um #livro hoje?



Gente, o 46º #livro do ano foi o #LaçosDeFamília de #ClariceLispector.

Duas coisas pessoais que eu tenho que pontuar: a)no ano passado eu li A paixão segundo G.H. E daí pensei comigo, essa mulher é a louca mais gente fina da minha estante. b) então, prometi que daquele dia em diante, pelo menos uma vez por ano, eu teria minha dose de Clarice, assim como ocorre com o Gabo e o Saramago (os dois que ainda não tive a minha dose renovada esse ano, ainda!). Textos como os da Clarice deixam em mim um ar de: sei lá se era isso, sei lá se foi assim que eu entendi, sei lá se era mesmo pra se entender.

Não sei se vocês percebem, mas eu quase nunca falo da obra de quem quer que seja...eu falo das minhas percepções sobre a obra. E com Clarice...sinto-me pequeno, volátil, perco-me ao passo que ela sentia demais. Seus personagens de tanto não sentirem, acabam tornando-se vivazes, se é que isso é possível.

Odiei alguns contos, porque tá pra existir mulherzinha tão perversa... "Obstinada, ela não sabia responder, estava tão rasa e princesa que não tinha sequer onde se lhe buscar uma resposta..." (Devaneio e embriaguez duma rapariga).

"...o mundo era tão rico que apodrecia...
Ah, era mais fácil ser um santo que uma pessoa!
E, se atravessara o amor e o seu inferno, penteava-se agora diante do espelho, por um instante sem nenhum mundo no coração. Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia." (#Amor)

""Há tantas formas de ser culpado e de perder-se para sempre e de se trair e de não se enfrentar. Eu escolhi a de ferir um cão", pensou o homem. "Porque eu sabia que esse seria um crime menor e que ninguém vai para o Inferno por abandonar um cão que confiou num homem. Porque eu sabia que esse crime não era punível." (O crime do professor de matemática).


@juju.sobrinho, obrigado por mostrar-me, quão boa a Clarice era/é...simplesmente usando do seus melhores atributos: ouvindo-me em silêncio intercalado por risadas ébrias  e provocando-me com seu olhar.




 #OsÚltimosQuartetosDeBeethoven E outros contos de #LuisFernandoVeríssimo foi o meu 45º #livro lido no #Projeto75LivrosEmUmAno.

Olha, Veríssimo eu conheço de outros carnavais. O cara escreve muito e é tipo um dos nossos titãs das letras, mas essa obra me pareceu mais um material de refugo, algo que foi mais publicado porque era do Veríssimo mesmo.

Não é tão legal assim como o As mentiras que os homens contam, mas se bem que quando eu li esse eu tinha uns 15 anos, ou seja, eu ria em plena Sessão da Tarde. 

No entanto, é aquela coisa: Veríssimo é um poço de cultura...e por vezes ele tá falando uma coisa séria em uma crônica leve... O jeito dele de escrever é light. Acho que o povo sabe do que eu tô falando.


Não marquei muitas coisas porque li muito rápido e porque é um livro de #contos e eu particularmente não consigo me envolver muito com "histórias" curtinhas. 
Porque, na verdade, acho que é um puta desperdício fazer apenas um conto pra um personagem em específico, quando esse tinha era que ganhar um romance inteirinho (com tudo que tem direito) de tão bom que é!


Vejam por essas frases, se eu não tenho razão. Meu, esses personagens tinham que ter uma vida toda narrada e não um preâmbulo de vida composto em um conto, num simples conto:
 "A multiplicidade humana é isso. A tragédia é essa. Dois nunca são só dois, são dezessete de cada lado. E quando você pensa que conhece todos, aparece o décimo oitavo...
Tudo bem, viver juntos é ir descobrindo o que cada um tem por dentro, os dezessete outros de cada um, e aprendendo a viver com eles. A gente se adapta. Um dos meus dezessete pode não combinar com um dos dezessete dela, então a gente cuida para eles nunca se encontrarem. A felicidade é sempre uma acomodação...
Sim, atirei o Aurelião na cabeça dela. A gente aguenta tudo, não é delegado, menos elas quererem saber mais do que a gente.
Arrogância intelectual, não." - do conto: Obsessão


"...O homem é o único animal que se mata. O homem é o único animal que coleciona figurinha de bala. O homem é o único animal que faz careta para a sua própria câmera. O homem é o único animal que lambe os pés de Gisela. A dor aumenta. Eu vou morrer..." - do conto: Memórias.



O 44º #livro do ano foi o #IlusõesPesadas de #SachaSperling.

Arrebatador em parte, mal concluído em outra.Mas se considerarmos que o cara escreveu/publicou com 19 anos. Porrã, tá até que bom pra caramba!

Eu penso que escrever é algo mais que apenas inventar uma história ou ampliar uma realidade - fantasiar uma confissão. É saber organizar as ideias, dar alma às palavras.

Mas voltando ao livro. Vos digo que às vezes o cara dava uma viajada louca. Provavelmente efeito das "dorgas" da juventude. Mas também escreveu um monte de coisas bacanas e soube muito bem tratar a sua relação gay sem ficar apelando pra isso. 

Fez jus ao tratamento de "futuro promissor". Algumas frases #hypes:


 " A única coisa insuportável é que nada é insuportável." "De todo jeito, cocaína à parte, estou dizendo a verdade. Ninguém quer saber a verdade sobre ninguém."

 "Quando o prazer é tão forte, a gente se vê na obrigação de ser egoísta. E aí é que tudo começa:
Eu entro, eu saio.
Eu entro, eu saio.
...
Etc. E assim por diante. Minha libido ad libitum."


 "Veríamos mais longe se apenas fechássemos os olhos."

 "Às vezes é melhor deixar os instantes flutuarem em algum ponto ente meia-noite e seis da manhã."

 "Não vá se afastar sob o pretexto de que me viu sorrindo. Não temo nada além de uma coisa: meu reflexo."

 "É duro imaginar o caminho que resta a percorrer quando se perdeu a única pessoa que permitia a você tudo afrontar. Outros acompanharão Sacha em seu caminho, mas ninguém mais o fará crer que ele vai dar em algum lugar. Tornar-se adulto é admitir que a fuga é impossível, que as histórias são curtas, sem importância, mas que elas deixam marcas, por razões que nos escapam. Tornar-se adulto é admitir que não existe outro lugar."

Acho que eu anotei mais um monte de "viagens" do Sacha autor que narra a história do Sacha personagem, uma autobiografia poética? Talvez! Mas, com certeza um texto que reflete um cenário triste de uma juventude alucinada e de um amor baseado em ilusões pesadas. 
44/75.
#Projeto75LivrosEmUmAno
🌈



O 43º #livro do ano foi o #SagradaFamília de #ZuenirVentura.

Meus caros colegas, de Sagrado a família desse romance só tinha o nome.Zuenir com sua escrita dos autênticos contadores de história. Acaba te mostrando uma história típica dos costumes passados...aquela coisa de cidade pequena com moças pra casar e moças da vida.

Mas surpreende com a personagem Tia Nonoca. Que se dizia toda certinha e pregava: "Muito riso, pouco siso", mas que na verdade...

Enfim. É aquela coisa: às vezes quem se diz mais recatado é o mais devasso. Rsrs

Um livro leve. Romance simples. (Ah, e eu vi a Júlia da recém encerrada novela global das 6 -7 vidas, lendo esse livro em uma cena dos últimos capítulos. Só registrei a cena porque a capa do livro é muito linda). Tenho que ler mais coisas do autor - um dia desses, quem sabe?

Algumas frases?
Olha, não é um livro de frases impactantes, não. 
Acho que só gostei dessa observação:

"Naquela noite, Amadeu ficou devendo a Douglas uma explicação: como um ditador há 12 anos no poder sem eleição, e cujo governo prendia e torturava presos políticos, podia ser amigo tão querido de um presidente que acabara de se submeter com êxito a um terceiro sufrágio popular e que lutava tanto para defender a democracia no mundo?".

 O livro não trata sobre política , mas se passa em meados do século passado, numa história que se prolonga por anos e anos.
E que ponto interessante esse contraponto lançado pelo narrador da história, não? Quando fala da relação de Getúlio Vargas e Roosevelt, a política de conveniências e a falsa democracia, tudo travestido em uma saudação "great and good friend". Pra não induzir ninguém ao erro: é um romance simples. Mas uma história bem contada e de certa forma surpreendente. Quero dizer: até que ponto a moral e o bom costume podem mudar várias vidas!? Bem, É isso!  É o #Projeto75LivrosEmUmAno me deixando falido, mas com vários livros, várias histórias, vários autores novos*. 
*Pra mim.




O 42º #livro do ano foi o #MeAjudeAChorar do #FabrícioCarpinejar.

O que eu tenho que pontuar antes de qualquer coisa é que eu não conhecia nada do trabalho do Carpinejar, só tinha visto meia dúzia de fotos por aí.

Mas sempre essa capa me seduziu. Eu me perguntava, o que será que esse cabeça de ovo com o olhar de flor tem pra me contar?

Bem, metade do livro eu passei batido, porque não me interessam coisas do tipo: manual para casamento - como ser, não ser, tratar ou ver o (a) "EX".

Mas já a outra metade...essa sim me encantou (quase chorei por ti, Carpinejar). Ah, o que dizer pra suas várias palavras que se casaram com meus pensamentos, que falaram comigo, que soaram bem no meu âmago?

Amei essa segunda parte, que eu mesmo escolhi...essa mistura do real e do lírico, das palavras não ditas e dos sentimentos materializados em forma de narração.

Ah, as palavras.

Algumas crônicas que eu marquei uns lances bacanas: Coragem na chuva; Mentirinhas; Vamos brincar de gangorra; O imponderável; Circo na beira da rodovia. E claro, (a melhor): Querido Caio Fernando Abreu, que com trechos como os que relacionarei abaixo, quase me fez pirar: 

"(...)
O que digo agora também já está morrendo?
...
Se o afeto sufoca, me diz, então, o que liberta?
...
O amor deveria ser como um livro de poesia. Para se ler fora de ordem. Para se ler um pouco por dia. Desprovido de desfecho. Poema é releitura na primeira leitura.
...
Onde as pessoas escondem o amor, Caio? Onde as pessoas enterram os ossos de suas alegrias?
...
Como alguém não sente saudade, não inventa saudade, não cria saudade? É um produto em falta por aqui, Caio, pode mandar material? Manda garoa de palavra para recriar saudade, por favor?
...
Como esse mesmo alguém é outro, já outro, tão outro que nem sei mais quem fui?
...
Viver é incompreensível.
Um beijo. Cuide-se."

Por fim eu digo: eu super virei fã desse cara, bailarino habilidoso na dança das #palavras.
42/75 🌻😧




🐑 O 41º #livro do ano foi:

#AOvelhaNegra EOutrasFábulas de #AugustoMonterroso com tradução de #MillôrFernandes numa edição colorida e com o design hiper hype da #CosacNaify e gráfica #Loyola.


Bem, eu torci o nariz pro começo desse livreto. Pensei: que porra é essa de desvirtuar o lado da moral das fábulas?

Ingênuo que eu sou. Na verdade, Monterroso emprega a moral de forma não usual, digamos assim.
É um tipo de livro que tem que ser trabalhado numa sala de aula. Sem dúvidas! 

Nessa foto eu utilizei alguns bibelôs de viagens que eu fiz por aí que representam animais, de várias espécies, produzidos com vários tipos de materiais diferentes...argila de índio, tronco de árvore, papel de mineiro, barro do litoral... Já Monterroso utiliza em suas fábulas os animais representando vários tipos de homens: a coruja que queria salvar a humanidade, a barata sonhadora, o porco da criação de Epicuro, a rã que queria ser uma rã autêntica...e por aí vai.


Duas fábulas em especial me cativaram ao ponto de eu querer levá-las a uma sala de aula um dia. Foram: 

- O Grilo professor: "(...)Ao escutar aquilo, o Diretor, que era um Grilo muito velho e sábio, concordou várias vezes com a cabeça e se retirou, satisfeito de que na Escola tudo continuava como nos seus tempos." 

- O Macaco pensa nesse tema: "Por que será tão atraente - pensava o Macaco noutra ocasião, quando deu com a literatura - e ao mesmo tempo tão sem graça esse tema do escritor que não escreve, ou o daquele que passa a vida se preparando para produzir uma obra-prima e pouco a pouco vai se convertendo em mero leitor mecânico de livros cada vez mais importantes mas que na verdade não lhe interessam...". 

Um livro que a gente pode ler em meia hora, mas que fica na nossa cabecinha de animaizinhos domésticos e racionais. Sátiras e ironias são excelentes fixadores do nosso lado bestial.
#Projeto75LivrosEmUmAno
41/75 🐕🐩🐈🐀🐭🐹🐢🐇🐓🐣🐤🐦🐏🐑🐮🐄🐂🐺🐃🐴🐗🐍🐸🐷🐖🐧🐻🐯🐆🐵🐒🐨🐘🐼🐫🐪🐊🐳🐋🐟🐠🐡🐙🐌🐛🐜🐝🐞🐲🐉



O 40º #livro do ano foi: #OSegredoDeJasperJones de #CraigSilvey

Demorei uns 15 dias da minha vida pra lê-lo, não por ser tão ruim, mas porque a minha casa estava em reforma, eu estava sem celular, tava tudo uma zona e eu não tinha estímulo pra ler nem o meu horóscopo diário no jornal local.


Enfim, sobre o livro?

Bem, eu diria que: ainda bem + graças a Deus = só paguei umas 8 dilmas. Mas assim, é um livro infanto juvenil e tal. Afora as partes em que o autor ficava falando de críquete, esporte que eu não faço a mínima ideia de como se desenrola (assim como com quase todos os esportes), Craig Silvey manda bem na escrita...algumas partes são até filosóficas e o Charlie (o narrador da história) é um adolescente muito fofo e um anticristo não muito convicto - um típico nerd que salva a pele do "malandrão" Jasper Jones, se é que alguém salva alguém no fim dessa história. 


Pobre Jasper Jones... Olha, se é que importa a minha opinião. Aí vai: não é aquele livro que vai mudar a sua vida, mas é muito melhor do que alguns livros que eu vejo gente vendendo de bandeja por aí.


Anotei algumas coisas, mas como li há mais de um mês, esse monte de coisas que vejo agora parece não fazer tanto sentido:

"Pergunto me por que guardar um segredo dói tanto."

"Talvez quanto mais longe você se encontre, menos precise se importar, menos seja responsável... Talvez seja por isso que as pessoas permanecem em Corrigan e afundam seus chapéus na cabeça. Quanto menos souberem, quanto mais distante estiverem, mais fácil é dar de ombros, mostrar a língua e seguir em frente..."


"Foda-se. Não há nada dirigindo essa peça idiota. Não pode haver. Se há, Ele é um desgraçado mais cruel do que Lhe creditam. É timing e oportunidade, não é? Um puta azar e muita sorte. Você escapa das balas ou é atingido."


"Não diga nada. É o segredo de Mark Twain. É melhor ficar calado e parecer burro do que abrir a boca e desfazer todas as dúvidas." 40/75.
🍁