quarta-feira, 10 de junho de 2015

Paperboy o 35º livro lido no #Projeto75LivrosEmUmAno


O 35° livro lido no #Projeto75LivrosEmUmAno foi o #Paperboy de #PeteDexter.

Bem, comprei porque estava em promoção (sim, sou desses). Acontece que o livro poderia ser bem melhor, pois Dexter escreve muito bem, apesar de eu não ter gostado de duas coisas:

1) Ele dava detalhes sobre algumas características físicas de alguns personagens aleatórios que pouco serviam, e quando serviam pra contextualizar, o personagem dentro da história era pouco importante, mesmo porque Dexter não concluía a ideia daquela característica específica.

2) Os detalhes mais importantes não foram muito bem concluídos. Na verdade, ficou parecendo um roteiro de filme europeu, que consiste (quase sempre) em ser algo diferente, cheio de referências, com tudo pra ser aquele "boom", mas que no final fica parecendo um monte de peças conexas mas não ligadas entre si. Será que me entendem?

Mas, apesar dos pesares gostei do livro, só acho que ele poderia ter escrito tudo em umas cem páginas a menos...já que iria acabar como acabou. 

E outra, Dexter fala sobre o universo do jornalismo, o qual eu particularmente - DETESTO. Mas eu acho que ele deixou bem clara a questão: NÃO EXISTEM HOMENS ÍNTEGROS. Não mesmo!

Agora fiquei com o pensamento no seguinte: livro com capa do filme é foda. Nunca imaginei Charlotte como a Nicole Kidman, não - não dá. A Nicole pra mim é algo tipo ou a fêmea mor de Moulin Rouge ou a "desbeiçada" de As Horas...apesar de camaleoa como é, a Charlotte era meio normal demais pra ser a Nicole. E outra Zac Efron sendo irmão de McConaughey com uma diferença de idade de só 9 (nove) anos, também não dá. E por fim David Oyelowo como Yardley Acheman (não, nada a ver) e sendo mais bonito que McConaughey? Como?

Enfim, é tudo uma questão de Hollywood e suas vendas, como eu não assisti ao filme não posso ficar dando pitacos de produção, mesmo porque - "who am I?", mas quem leu o livro sabe do que eu estou falando.

Como eu gosto de indicar a leitura acima de qualquer objeção minha. Eu vou indicar àquelas pessoas que curtem cenários diferentes, pessoas enigmáticas e um fim bacana - estilo drama europeu produzido por estadunidense, se é que isso é possível ou é só coisa da minha cabeça. Mas aos jornalistas e pessoas relacionadas à área em questão, eu diria que: sim, vocês vão gostar desse livro, fala do mundinho editorial e até do prêmio Pulitzer e do que ele é capaz de fazer com a vida de quem o recebe.

O que eu realmente gostei do livro foi o estilo de vozes que Dexter utilizou, boa parte da história foi contada por Alex Jansen o irmão de Ward Jansen que com o seu "parceiro" de reportagens Yardley Acheman seriam os protagonistas da obsessão título do filme. Obsessão essa que, ao meu ver, não ficou tão clara assim.

Algumas frases que eu curti:

"Por outro lado, eu suponho que, para aqueles que o amavam, o garoto afogado era inocente e puro, e, se alguém me perguntasse, eu jamais preferiria uma perspectiva confortável que se distanciasse da exatidão da realidade. Mas, embora nada disso tenha sido escrito, continua a ser verdadeiro o fato de que, se não tivesse sido afogado, o próprio rapaz, um ano depois, estaria ao lado dos outros, bêbado, enquanto candidatos à fraternidade entrariam no recinto vendados e acorrentados e seriam então jogados em uma banheira de hidromassagem cheia de água gelada.
Mesmo que não estivesse escrita, uma parte da história do garoto morto dizia que ele queria ser igual àqueles que o afogaram."

"- Ele sabe como conseguir histórias - disse ele. - Mas não compreendeu totalmente que uma matéria é publicada em um jornal, e que o jornal é oferecido à comunidade."

"- Tem certeza de que não quer uma? - ele perguntou. - Nada tem um sabor tão bom quanto uma cerveja pela manhã, antes da hora que as pessoas julgam ser o momento certo de começar a tomá-la."

"-Você sabe que é verdade - disse ele. - Considerando tudo que aconteceu, a resposta ainda é "sem comentários". Tenho vinte e nove anos e, até agora, não tenho nenhum comentário a fazer."

"Seres humanos cautelosos não presumem serem capazes de escrever a história de um dia para o outro. Eles sabem sobre os danos que os erros podem causar. Meu pai acreditava que erros sempre poderiam ser corrigidos na edição seguinte."

"Não existem homens intactos."


Bom, é isso.



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